TV digital faz um ano ainda cara e sem os ganhos esperados

A estréia da TV digital no Brasil completará um ano no início de dezembro. A nova tecnologia, no entanto, ainda não deslanchou. O elevado custo dos conversores de sinal — set-top box — e dos aparelhos de TV digital que permitem a alta definição da imagem são alguns dos entraves.

Por Ana Rita Marini e Candice Cresqui, no site da FNDC

A interatividade, que poderia ser o maior ganho da nova tecnologia, ainda não está disponível e, quando estiver, precisará de equipamentos certificados para a função — dos atuais, disponíveis no mercado, muitos ainda não estão preparados para receber o recurso. Enquanto isso, o público migra da TV para a Internet.

Informações do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD), a partir de dados da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), indicam que a TV digital fechará o ano de 2008 com 645 mil telespectadores. Neste número estão contabilizados a recepção por meio de 150 mil receptores fixos, (e uma média de 3,3 telespectadores), e 150 mil receptores móveis como celulares e mini-TVs, onde apenas uma pessoa por equipamento utiliza o serviço...

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O Blog

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Vivemos num momento de mudanças nas modalidades de práticas sociais de leitura e de escrita ocasionadas pelas recentes tecnologias de comunicação eletrônicas, o computador, a rede, a internet. Segundo Marcuschi (2004, p.26.) “Web é a própria REDE, uma combinação de bibliotecas, quiosques, guias, jornais, enciclopédias, catálogos, agendas, currículos pessoais e etc”.
Nesse ambiente, como novo meio de comunicação, desencadeado pela interconexão, nova cultura, novos comportamentos, atitudes, ou seja, cibercultura, que são valores que emergem nesse novo espaço, o ambiente virtual, o ciberespaço.
Para Marcuschi (2004, p.13.), “os gêneros emergentes nessa nova tecnologia são relativamente variados, mas a maioria deles tem similaridades em outros ambientes tanto na oralidade quanto na escrita”. E segundo Erickson (2000:3), define “gênero como um padrão de comunicação criado pela combinação de forças individuais, sociais e técnicas implícitas numa situação comunicativa recorrente”.
Diante dessas assertivas, podemos definir gêneros textuais como sendo um novo modo de produção do discurso também conhecido por discurso eletrônico. Os gêneros textuais nos permitem investigar sobre como as novas tecnologias influenciam na linguagem e qual a função da linguagem nessas tecnologias. O ciberespaço traz consigo uma quantidade significativa de gêneros emergentes, como por exemplo, blog.
O blog é uma espécie de diário eletrônico de fácil produção que podem ser construídos e atualizados na hora que o redator intencionar. Ele é dinâmico, interativo, podem conter linguagem informal e, com ele não há privacidade - outras pessoas podem visualizar o conteúdo e enviar comentários com o teor de crítica que desejar. Há alguns blogs públicos e abertos (um tipo de livro de recado redigido por muitos autores). Existem algumas variações de blog: nos K-blogs, encontraremos textos formais e muito bem elaborados; O f-blog é um espaço de publicação diário de fotos.
Com o uso desse gênero emergente a prática de leitura e escrita está sendo disseminada. Muito mais pessoas estão escrevendo, com objetivos variados como expressão dos próprios sentimentos, refletindo sobre acontecimentos do cotidiano individual e coletivo. Um passo positivo para os professores, pois a maioria das dificuldades encontradas na sala de aula era a produção textual, pois o blog proporciona uma produção espontânea.
A exibição da vida privada em eventos textuais como os blogs tem desenvolvido nos leitores uma visão critica ao olhar o outro e fazer avaliações positivas ou negativas do assunto abordado, seja ele pessoal, profissional e etc.
Apesar dessas potencialidades, observamos algumas limitações, a primeira e talvez a principal é a que envolve os custos, pois, embora não seja necessário pagar pela hospedagem do blog no site, para acessá-lo requer comprar o computador, pagar pela assinatura do provedor, aumento do consumo de energia, gastos com pulsos telefônicos entre outros. Outra limitação refere-se ao modo de lidar com a escrita, pois as questões ortográficas digitais divergem ao que é proposto pela gramática normativa.